Esse foi o primeiro ano em que assumi turmas como professor regente, visto que no ano anterior, comecei sendo substituto e professor de reforço escolar.
No segundo bimestre deparei-me com um desafio: Ensinar conceitos de geometria para meus alunos de 6º ano. Eles já tinham uma base sólida, mas nesse ano tiveram que aprofundar seus conhecimentos na geometria. Teriam que aprender o que é um poliedro, um corpo redondo, se poliedro, o que seria um poliedro regular, conhecer e compreender a relação de Euler nos poliedros regulares e coisas do gênero.
Iniciei minhas aulas reproduzindo os sólidos geométricos em duas dimensões, utilizando o quadro, e percebi que eles conseguiram memorizar todos os conceitos. Mas aí me dei conta de que memorizar não é o mesmo que aprender, e fiz a seguinte experiência: levei à sala de aula objetos que qualquer um deles podia encontrar em suas casas, como caixa de sapato, calendário de mesa, e pedi para que eles identificassem as propriedades dos sólidos geométricos naqueles objetos.
A maioria se saiu bem na tarefa, mas uma porcentagem considerável teve dificuldades. Com isso, resolvi fazer uma revisão dos conteúdos já apresentados, mas dessa vez, no lugar de tentar representar os sólidos no quadro, solicitei que os próprios alunos trouxessem materia de fácil acesso (como palitos de churrasco, cola e cartolina) e à medida que íamos estudando os sólidos, os alunos iam confeccionando seus próprios sólidos geométricos.
Dessa forma, todas as vezes, daqui por diante, que um desses alunos for convidado a analisar um sólido geométrico, ele não apenas buscará informações no que se é apresentado aos seus olhos, mas irá pensar como teria sido construído esse sólido, compreendendo-o na sua totalidade.
Podem ser usados outros tipos de materiais para essa técnica: raios de bicicleta, bolinhas de isopor, fios de cobre e até mesmo varetas feitas com jornal. Cabe ao professor escolher o método com o qual seus alunos mais se identificarão.
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